terça-feira, 23 de agosto de 2011

Olho os teus olhos, tristes...


Olho os teus olhos tristes,
A tristeza apodera-se de mim,
A mágoa de um passado,
Loucura, ingenuidade doce, alegria em mim…

Lembro-me de quando sorrias,
Dos teus olhos caramelizados,
Do teu rosto angelical,
Das tuas gargalhadas e dos teus sussurros.

Ainda não esqueci nem metade das tuas palavras,
Os teus gestos continuam a cruzar-se nos meus,
Continuas a presenciar os meus sonhos,
Continuas a não me ser indiferente, por mais que eu tente esquecer-te…

Sei que não me mereces,
Que a tua tristeza provém de ti,
E que contra ti próprio ages,
Mas que nos magoas aos dois…

Essa solidão sombria que sentes,
Tu próprio a geras-te,
Fechaste-te numa roma metálica,
Que já ninguém consegue perfurar…

Agora és só tu,
E a solidão,
E os teus erros,
E a infelicidade.

Sinto necessidade de te alertar,
Mas tu não me deixas chegar perto,
Estás a destruir o teu futuro mas,
Parece que ninguém te consegue demolir.

Pára, escuta, ouve as pessoas que realmente gostam de ti,
Estás errado, estás a seguir um caminho auto-destrutivo,
Mas, parece que não queres ver o poço em que te estás a enterrar,
Talvez assim aprendas com os teus erros e um dia, sejas feliz.

Não quero que me dês razão,
Quero que repares o mal que tens feito,
Que aprendas que a felicidade é mais,
Mais do que isso que pensas ser.

A magia das coisas,
Não está em quando as prevemos,
Mas em quando elas nos surpreendem,
Sem nós prevermos ser surpreendidos…

Sem comentários:

Enviar um comentário