segunda-feira, 30 de julho de 2012

Desafiei-me a procurar na linha do horizonte, onde todos julgavam que o mar acabava e o Sol cabia na palma da mão, um caminho traçado a carvão, com socalcos coloridos e setas ensaiadas. Queria descobrir um caminho secreto e provar a toda gente que aquela linha não é o fim e, que dali se podia partir em busca de outros caminhos e estradas e se podia chegar a outras linhas ainda mais longe do que aquela, porque o horizonte é um desafio infinito de sonhos e cores rabiscados numa tela de descobertas, envolta em aguarelas e rios de tinta, e pincéis de tamanhos variados, que se escondem lá longe à espera de um pintor disposto explorá-los. 


sexta-feira, 27 de julho de 2012

Depois de 15 kg perdidos :)


Tem excesso de peso e quer lutar contra isso? Então, vamos lutar juntos! Encontramos-se no meu site directamente relacionado com este tema, "É possível sonhar", endereçado http://epossivelsonhar.webnode.pt/
Não espere mais pela sua felicidade, lute por ela e conte comigo para o ajudar :)
Ana Filipa.

terça-feira, 24 de julho de 2012

Saudade - Poema escrito em 2010


Sonho contigo,
O teu olhar doce faz-me delirar,
Sinto-te em mim,
Como vontade de te abraçar…

Faz-me falta a tua voz,
O teu cheiro suave,
O teu olhar e tua pele,
Faz-me falta o teu amor.

Não sei que sinto por ti,
Pensei que já tinha passado,
Mas afinal nada mudou,
Continuo apaixonada.

O meu coração palpita forte,
Sempre que te vê,
Apetece-me correr para ti,
Abraçar-te, dizer-te o quanto és para mim.

És importante, mais do que julgas,
Alguém que me inspira,
Que me faz sonhar,
Que desperta em mim algo inexplicável.

Se antes me fizeste sorrir,
Agora fazes-me chorar,
Não compreendo o que sentes por mim,
Nem a maneira como ages,
Apenas sei que me sinto triste,
Triste por estares tão distante,
E pelo meu coração morrer de saudades tuas…

quinta-feira, 19 de julho de 2012

Assim... feliz




Finalmente voltei a ser quem era,
o sorriso voltou a instalar-se em mim,
valeu a pena a imensa espera,
O bolo de mel e o chá de jasmim.

O tempo passou,
deixei o passado ir embora,
ele foi e não voltou,
como chama que se evapora.

O brilho regressou ao meu olhar,
o sorriso preenche o meu rosto de alegria,
encostada à janela miro o luar,
brisa suave que me arrepia…

Custou-me muito deixá-lo ir,
pensar nos momentos que passámos os dois,
mas, sabia que tinha de conseguir,
e que a recompensa só vem depois.

Dizer adeus não foi fácil, ouvi-lo resmungar, vê-lo partir, 
o meu coração manifestou-se e as lágrimas cairam,
a minha alma revoltou-se sem vontade de sorrir,
mas enfim, tudo acabou, as recordações partiram...

Agora, aqui estou,
sorridente, feliz, consciente,
lembrada do que passou,
mas com vontade de seguir em frente,
porque, o que passou, passou...
por mais que vagueie na minha mente!

domingo, 15 de julho de 2012

Momentos


Cansada, grito por silêncio,
esperando o cessar do coração,
ou apenas que ele acalme,
e que a escuridão finte a agitação.

Não falo de morte nem pecado,
mas apenas da noite,
de uma cama que acolha o meu corpo,
que se deite sobre ela e descanse.

Uma almofada que afague a cabeça,
para que os sonhos despertem alegres,
e uma parede pintada de branco,
que traga paz à escuridão.

Não me sinto a entristecer,
apenas preciso de um momento a sós,
para que possa descansar e esquecer,
tudo o que me causou desassossego.

Preciso de uma asa que me aconchegue,
de um anjo que me embale,
ou simplesmente de uma noite bem dormida,
numa cama serena e alheia a chatices.

Às vezes basta um momento simples,
num sítio aconchegado e tranquilo,
para que num refúgio pessoal nos acalmemos,
vou descansar, entre o lençol e o cobertor.

Que o amanhã seja calmo,
tão simples como estes versos,
e que acabe feliz,
nem que seja na escuridão, da noite.

sexta-feira, 13 de julho de 2012

Simplesmente...


Não digas nada,
deixa o silêncio falar.
Deixa cair a máscara que te esconde,
mostra-te como realmente és,
revela-te!
Sê tu mesmo, 
não te escondas por detrás desse véu negro,
dessa capa gélida, desse vazio imundo,
que tanto me assusta e atormenta.
Deixa falar o teu sentir,
diz somente as palavras que sabes que o teu coração
irá suportar ouvir e procura apenas respostas que ainda não descobriste.
Encontra no outro um ponto de encontro,
uma luz perdida na escuridão,
uma vela eternamente acesa,
um rosto de verdade e uma expressão de carinho,
encontra-te e mostra-te, como realmente és,
sente aquilo que queres sentir,
não te obrigues, não te resignes, não te escondas,
arrisca, dá sinal de ti, e eu seguirei os teus sinais! 

quarta-feira, 11 de julho de 2012

Evadir...

Às vezes gostava de poder sair, simplesmente sair deste sítio que me aprisiona e me prende o horizonte. Este sítio fechado pelo ódio e por palavras que nos tentam destruir como se fossemos peças de dominó. Queria poder voar e conhecer outros horizontes, outras palavras que não as mesmas, ou que pelo menos soassem mais verdadeiramente do que aquelas que por aqui se ouvem. Preciso de experimentar outros lugares, de ultrapassar outros obstáculos, outros que não sejam o preconceito e a complexidade da mente humana. Quero testar até que ponto posso ir, definir metas, objectivos. Quero partir à descoberta de algo que me complete e que me prove que realmente vale a pena, porque eu sei que vale, só não me recordo do porquê!

domingo, 8 de julho de 2012


"Julguei por momentos que a mudança fosse algo bom, e que esta missão fosse uma batalha fácil, no entanto revelou-se uma missão bem mais difícil. A Terra não se assemelha em nada aos estudos que havia feito sobre ela antes de vir, julgava que as pessoas fossem mais transparentes e menos falsas. A nossa realidade é para elas um mito social e algo em que só as criancinhas acreditam, algo ainda mais impensável que o Pai Natal. Tudo aquilo em que acredito aqui é uma mentira sepulcral e longínqua que ninguém deseja explorar ou conhecer. É meu desejo explorar este planeta, e juntamente com os meus fazer dele um domínio privado só nosso, não sem antes lhes mostrar que no Universo não existe só o planetazinho deles a que estão tão habituados e o qual pensam ser tão único e inevitável. Pois bem, cheguei há pouco tempo, mas se julgam que sou mais um rapaz que se passeia pela escola à espera de um canudo para poder ir trabalhar, estão muito enganados. Julgo que a Terra poderá acabar, segundo os planos da nossa irmandade, daqui a muito pouco tempo, antes disso vamos apoderar-nos de todos os territórios, erradicar os humanos e transformar a Emilie numa das nossas cúmplices. A Emilie é descendente de uma família Americana, com uma história muito longa e que envolve muitos dos nossos. Toda a família dela sabe da nossa existência, excepto ela, que julga que somos apenas fruto da fértil imaginação pública.
Quando morreu, a avó da Emmy deixou-lhe em mãos um tesouro precioso, pensando ela que nós nunca o iríamos descobrir." 
in "Onde está o amor?!" <3

sexta-feira, 6 de julho de 2012

Frágil


Pensei que seria impossível voltar a sentir a dor que senti,
Voltar a sentir o meu coração pulsar descontrolado,
A minha cabeça estrangulada pela pressão do teu olhar,
Pela indiferença das tuas palavras, pela tua ausência.

Julguei ter-te esquecido,
Tentei enterrar um passado tão presente em mim,
Mas, por mais tentativas, ele volta sempre,
Volta porque sei que ainda te amo, ainda sinto algo por ti.

Não sei se preocupar-me contigo,
Ficar triste com a tua tristeza,
E ficar magoada com esses teus actos inconscientes,
É amor, mas, talvez seja.

Sinto-te distante,
Onde estás?
Procuro-te incessantemente.
Fruto caramelizado,
Rebuçado de morango,
Colar de pérolas,
Chá de jasmim,
Pedra de âmbar e rubi.

Procuro-te assim,
Por vales e montanhas,
Por terra e por mar,
Por céu e por chamar.

Vem ter comigo,
Trás o brilho do teu olhar,
Pega na minha mão,
Ensina-me a voar.

Leva-me daqui,
Para lá do horizonte,
Passeia-me no teu dorso,
Envolve-me com o teu carinho,
Mima-me e acaricia-me,
Estou frágil!

quarta-feira, 4 de julho de 2012

Despir


Os meus olhos abrem e fecham,
Pestanejam e voltam a pestanejar,
O meu coração bate e rebate,
Bate um pouco mais e, volta a bater.

A minha cabeça lateja saturada,
Estou cansada, sinto-me zonza,
Hoje, o dia longo que para mim foi noite,
Deixou-me completamente devastada.

Sinto vontade de fechar os olhos por uns segundos,
Sem que eles voltem a abrir tão depressa,
Sinto vontade de cometer uma proeza,
Sinto vontade de esculpir a minha mente.

Preciso de paz,
Sinto-me revoltada,
Mas,
Serei eu a culpada,
De tanta revolução?!

Às duas por três, já nem sei de nada,
Escuro, sombrio, cabisbaixo,
O sol teimou em se esconder,
E o sorriso, não se quis mostrar.

Estou sem jeito,
Incompreendida por mim,
Alheia de tudo à minha volta,
Desejosa que chegue o amanhã.

Apetece-me largar tudo,
Roupa, chinelas, bijutaria,
Soltar o cabelo apanhado num rabicho,
Destruir a maquilhagem.

Sentada no sofá, a ver TV,
Enrolada numa manta,
Bebendo um chá de cidreira ou camomila,
Ou simplesmente, dormitar,
Ignorar o pesadelo que é a realidade,
Despir de preconceitos e mágoas,
Nua de máscaras e demónios,
Somente eu e o sussurrar da brisa lá fora.

segunda-feira, 2 de julho de 2012



Naquela noite senti um arrepio a percorrer-me a espinha. O coração palpitava no seu arfar acelerado e a respiração aumentava a cada segundo. Esperava incessantemente por notícias tuas... queria voltar a sentir-te de perto como dantes. Olhei vezes sem conta para a porta, que ia e vinha consoante a brisa leve que o vento soprava na sua direcção. Queria sair por aquela porta e ir ao teu encontro, mas num impasse questionei-me se tu estarias disposto a receber-me junto a ti. (Quis) Desisti(r). Não queria alimentar mais aqueles devaneios  que me tomaram por louca e me fizeram correr atrás de alguém que me desiludiu constantemente, mas ao mesmo tempo... queria-te. O meu coração desafiava-me a lutar por ti, ele queria ter-te por perto e sentia a tua falta, mas, eu sabia que isso estava errado e que por mais que eu corresse para te alcançar, isso nunca seria suficiente para chegar a ti, porque tu não eras mais senão uma ilusão... e por mais que eu quisesse ter-te comigo, a razão iria sempre separar-nos... pois tu nunca aceitarias viver (n)uma loucura. Afinal, quem estava errada era eu... (n)uma loucura era o mundo em que eu vivia antes de te conhecer, porque a partir do momento em que te conheci, eu aprendi a amar!