Cansada, grito por silêncio,
esperando o cessar do coração,
ou apenas que ele acalme,
e que a escuridão finte a agitação.
Não falo de morte nem pecado,
mas apenas da noite,
de uma cama que acolha o meu corpo,
que se deite sobre ela e descanse.
Uma almofada que afague a cabeça,
para que os sonhos despertem alegres,
e uma parede pintada de branco,
que traga paz à escuridão.
Não me sinto a entristecer,
apenas preciso de um momento a sós,
para que possa descansar e esquecer,
tudo o que me causou desassossego.
Preciso de uma asa que me aconchegue,
de um anjo que me embale,
ou simplesmente de uma noite bem dormida,
numa cama serena e alheia a chatices.
Às vezes basta um momento simples,
num sítio aconchegado e tranquilo,
para que num refúgio pessoal nos acalmemos,
vou descansar, entre o lençol e o cobertor.
Que o amanhã seja calmo,
tão simples como estes versos,
e que acabe feliz,
nem que seja na escuridão, da noite.
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