domingo, 29 de maio de 2011

Espera... eu AMO-TE !



Um dia arrisquei dizer-lhe
que o amava,
lembro-me como se fosse hoje,
das palavras doces que sussurrei,
aos seus ouvidos.
Deixei o coração falar por mim,
ele mirou-o num só olhar,
suspirou uma só vez,
seguiu em seu encalço,
alcansou-o e disse-lhe:
- Hey, espera,
não te vás embora,
eu AMO-TE.
Ele virou-se para mim,
com um olhar estilhaçado,
e uma lágrima no canto do olho,
prestes, prestes a cair.
Correu para mim,
abraçou-e,
cruzou o seu olhar no meu,
e disse, carinhosamente:
- Tenho de ir,
não é aqui o meu lugar,
não é aqui que eu pertenço.
Olhei-o intensamente,
as lágrimas caiam
e desperçavam no meu rosto,
o meu coração batia velozmente,
descontrolado, magoado,
com vontade de gritar.
Ele mirou-me uma vez mais
e disse, sorridente:
- Vem comigo, fazer-te-ei feliz!
As lágrimas congelaram,
os meus olhos brilharam,
o meu coração sorriu,
pulei de alegria,
disse-lhe:
- Então, vamos?! Estou pronta!!
Ele esboçou um sorriso,
pegou na minha mão,
olhou em frente,
e guiou-me, rumo à felicidade.


Ana Filipa Batista, 29-05-2011.
(Simplesmente...Amo-te !! )

sábado, 28 de maio de 2011

O que a esperança iludiu...



Sei que agora estás longe,
depois de muito te procurar,
percebi que não estavas,
foste embora sem nada dizer,
e, quando dei por isso,
era tarde demais...
Quis ir atrás de ti,
procurei-te por vales e montes,
por estradas e carróceis,
procurei-te na volta do Sol e da Lua,
do rio onde o lodo flutua.
Procurei-te pelos locais mais bizarros,
e também pelos mais óbvios,
porque, às vezes, a chave do enigma
está mais próxima do que julgamos,
é por estar tão próxima de nós
que tanto a procuramos e,
nunca a encontramos...
Chorei iludida na esperança oculta,
deitei lágrimas de tristeza,
de amargura, de perda,
mas, depois pensei melhor...
Percebi que, se calhar,
estava a desperdiçar sorrisos,
a perder tempo,
a negar a felicidade,
a viver em vão enquanto havia tanto para fazer.
Os pássaros cantarolavam lá fora,
mas, a mim, apetecia-me gritar,
gritar alto e incessantemente,
por ti, pelo teu amor, por algo que terminou,
e que a esperança iludiu.
Depois, tentei esquecer,
apaziguar o meu coração com as memórias e recordações de ti,
pensar que tudo era passado, um passado doce e suave,
uma recordação com cheiro a chocolate e sabor amorangado,
uma pedra valioza, de âmbar ou rubi,
uma dracma perdida, algures nas ervas do meu jardim.
Resultou por momentos, pensar assim,
mas, quando dei por mim,
afinal, não o tinha esqueçido,
ele continuava presente no meu coração,
talvez de uma forma diferente,
mas com uma força incontrolável,
um desejo insaciavél corria nas minhas veias,
o meu corpo mexia involuntáriamente,
e as palavras saiam da minha boca ao mínimo custo,
afinal ainda estava apaixonada...













      


Ana Filipa Batista, 28-05-2011.

sexta-feira, 27 de maio de 2011

Um dia...

Um dia, conheci uma pessoa que hoje vejo, acima de tudo, como uma grande amiga, quanto a éssa pessoa...

C onheci-a na escola, um professora,
A miga e talentosa,
R isonha e amorosa,
L inda e espantosa,
A legre e carinhosa.

S ensata,
O rganizada,
F iel,
I nteligente,
A fectiva.

O bservadora,
L ouvável,
I nconfundível,
V erdadeira,
E ncorajadora,
I ncrível,
R espeitosa
A tenta.

L ivre,
A ctiva,
P aciente,
A lguém que nunca irei esquecer, porque me marcou, pela positiva :)

Mais um acróstico,
Ana Filipa Batista :)

quarta-feira, 25 de maio de 2011

Esperei por ti :)

Esperei por ti,
dias a fio,
chorei e ri,
lágrimas de um rio.

Onde estás?
Procuro-te, sem nunca me cansar,
de colmeia em colmeia, de cabaz em cabaz,
mel doce e escasso, pureza de um olhar.

Os pássaros cantam alegremente,
flores abrem, flores murcham,
rio nasce, rio seca, sinceramente,
que desencanto de nação!

Precisa-se de alegria,
de flores de belo odor,
rosas sem espinhos,
mel doce e um amor.

De uma essência perfeita,
ou do príncipe encantado,
aquele que vem e fica,
para ficar ao meu lado.

Sorrir já não é uma meta,
mas sim, um prazer,
ser atingida pela seta,
ter gosto em ser poeta :)





Ahahaha :) Escrito com o coração, o resultado está à vista, bom ou mau ?! ;)

Bejinhos, Ana Filipa, 25-05-2011

segunda-feira, 23 de maio de 2011

Quero !!

Quero ser igual a ti,
tão perfeita e sublime,
Quero ter o teu olhar,
tão sincero e humilde
Quero poder voar,
neste céu, tão azul
e esplendoroso,
Quero descobrir
a receita ideal,
para esse sorriso,
tão simples e
contangiante,
Quero saber,
a fórmula correcta,
ou enigma guardado,
a chave certa,
para templo sagrado.
E por último...
Quero perceber,
qual a melhor forma
de te dizer,
que te AMO!




Ana Filipa, 23-05-2011.

quinta-feira, 19 de maio de 2011

Vai então, deixa-me aqui!

Preciso que vás,
mas não te quero deixar ir,
preciso que fiques,
mas tens de partir.

Flor de laranjeira,
pé de alecrim,
semente de ervilheira,
chá de jasmim.

Diamante precioso,
missanga de ouro e rabi,
colar de prata e pérolas,
pedra de ambâr e rubi.

Tarde de Kiwi,
Rebuçado de menta,
Mousse de abacaxi,
Compota de pimenta.

Vai então, deixa-me aqui,
sozinha, encostada no meu canto,
perdida e isolada,
sem rasto do teu encanto.



Ana Filipa Batista :)

Estou feliz :)

Finalmente voltei a ser quem era,
o sorriso voltou a instalar-se em mim,
valeu a pena a imensa espera,
O bolo de mel e o chá de jasmim.

O tempo passou,
deixei o passado ir embora,
ele foi e não voltou,
como chama que se evapora.

O brilho regressou ao meu olhar,
o sorriso preenche o meu rosto de alegria,
encostada à janela miro o luar,
enfeitiçada por um toque de magia.

Custou-me muito deixá-lo ir,
pensar nos momentos que passámos os dois,
mas, sabia que tinha de conseguir,
e que a recompensa só vem depois.

Dizer adeus não foi fácil, ouvi-lo resmungar, vê-lo partir,
o meu coração manifestou-se e as lágrimas cairam,
a minha alma revoltou-se sem vontade de sorrir,
mas enfim, tudo acabou, as recordações partiram...

Agora, aqui estou,
sorridente, feliz, consciente,
lembrada do que passou,
mas com vontade de seguir em frente,
porque, o que passou, passou...
por mais que vagueie na minha mente!

Ana Filipa Batista.

terça-feira, 17 de maio de 2011

Sondagem encerrada!

Olá a todos!!! É com muitaaa alegria que dou por encerrada mais uma sondagem do blog. Aqui ficam os resultados, sendo que estou muito satisfeita, quer com o número de votos, quer com as opiniões dos nossos visitantes. Obrigada a todos pelo vosso voto ;)


"Gostas deste blog?"


Sim!! 111 (97%)
Mais ou menos!! 1 (1%)
Não!! 0 (0%)
Detesto!! 2 (2%)

Votos apurados: 113
Sondagem Encerrada...

:) Ana Filipa (:

sábado, 14 de maio de 2011

Um amigo especial....

J amais irei esquecer os momentos que vivi contigo ao meu lado,
Ú nicos, simples, mas... tão belos e reconfortantes,
L i-te como nunca antes havia lido alguém,
I mpressionaste-me, marcaste-me com o teu jeito,
O teu olhar doce fez-me ver o mundo de uma outra forma.

C onstruímos uma amizade muito especial,
É como se já nos conhecesse-mos desde pequeninos,
S ei de ti como ninguém, mas,
A quilo que sentes, já não é mais o meu sentir,
R i, chorei, brinquei contigo, mas, agora tudo mudou.

B uzinaste palavras de incentivo,
O uviste-me e ajudaste-me em tudo o que precisei,
T rousseste-me o brilho ao olhar, o sorriso que me faltava,
E nfeitiçaste-me com a tua simpatia,
L embráste-me de que a vida era mais do que julgava,
H ouve momentos em que quis desistir, deixar tudo para trás,
O brigáste-me a seguir em frente, a erguer a cabeça e a sorrir.

D eixáste em mim uma marca de carinho,
E a lembrança de uma amizade especial.

C onhecer-te foi encontrar um tesouro perdido,
A chave para um enigma guardado...
R imos juntos, passámos momentos muito bons,
V ou guardá-los para sempre,
A rrumá-los no meu coração, e,
L ê-los sempre que a tristeza me venha visitar,
H oje é o dia de acondicionar as memórias e seguir em frente,
O passado acabou e não posso ficar para sempre presa a ti...


"Quem sabe um dia não nos voltemos a reencontrar..."

Ana Filipa Batista, 15:04, 14-05-2011.
Acróstico de um nome, juntem as iniciais
de cada verso e, descubram qual é o nome :P

sexta-feira, 13 de maio de 2011

A brisa que me envolve...

Sinto a brisa suave no meu rosto,
o vento faz os meus cabelos voar,
o meu olhar espelha a agitação à minha volta,
o meu coração sente-a ao palpitar.

Apetece-me correr,
sentir a terra estalar por debaixo dos pés,
Sentir ainda mais o vento que me despenteia,
Sentir a adrenalina deste novo dia.

Apetece-me gritar por algo,
encontrar alguém que venha correr comigo,
partilhar desta felicidade,
sentir a brisa a envolver-lhe a alma,
com um suspiro profundo,
um palpitar de ternura,
um beijo de amor,
um gesto de carinho,
um grito doce de satisfação...


                                                                                                       Vens correr comigo?!


terça-feira, 10 de maio de 2011

Um "algo" a descobrir...

Sinto as tuas mãos presas nas minhas,
Os teus lábios suaves junto aos meus,
O teu olhar doce e reconfortante,
A ternura com que me embalas no teu abraço.

Sinto-te em mim, tanto presente como distante,
Ora estás aqui, ora estás longe de mim.
Tão perto como Sol da Lua, como a Terra do mar,
Tão longe como o vento da chama, como o dia do luar.

As nuvens embaciam a minha vista que tende em só te ver a ti,
As recordações de um passado nada longínquo, entristecem-me,
Sinto as lágrimas a caminhar neste rosto estarrecido que o tempo arrasou,
Sinto o coração bater devagar como se esta caminhada já estivesse perdida.

Sei que não és a pessoa ideal,
O módulo perfeito ou príncipe encantado,
Mas sei também que pessoas assim não existem,
Por isso, gosto de ti como és!

Grito continuamente por algo que ainda não descobri,
Algo que causa em mim um vazio profundo, uma dor insaciável,
Um algo que me está a deixar perdida algures entre o espaço e a Terra,
Serás tu esse algo?


Ana Filipa :)

domingo, 8 de maio de 2011

Já pensei em desistir...

Já pensei em desistir, de mim e de ti.
Já pensei em deixar tudo para trás,
Esquecer as memórias envelhecidas,
Enterrar o passado e até mesmo o presente.
Já pedi muito para sair deste inferno,
Precisava de me libertar, não sabia como fazê-lo,
Sentia-me oprimida num mundo fechado,
Presa a sentimentos obscuros,
A pensamentos loucos e incendiados pela fúria de um amor,
Presa a coisas que não queria sentir, nem ter por perto.
Quis fugir para bem longe daqui,
Correr em busca de algo superior,
Procurar um lugar melhor para mim,
Encontrar um refúgio, um porto seguro, um lugar encantado.
Precisa de pôr fim ao sofrimento, mas, como?
Sentia a dor presa em mim, sentia-me mal comigo própria,
Presa à tortura da realidade,
Às lágrimas que tendiam a cair incessantemente,
Presa a um coração insólito e indigesto, que precisava de parar.
Senti-me louca, revoltada, desorientada, desligada de quem era.
Chamei por mim, gritei, berrei, mas, nada!
Não sabia de mim, estava perdida algures, entre o tempo e o espaço,
Estava escondida por algo ou alguém que não me deixava revelar.
Precisava imediatamente de mim, de ser quem era, de ser como era,
Queria ser a pessoa feliz que sempre havia sido,
Queria de volta o sorriso rasgado do dia-a-dia,
Era inevitável viver sem eles,
Era impossível sobreviver assim,
Neste mar de angustias e recordações cruéis,
Debaixo destas nuvens escuras e sombrias que sobre mim pairavam,
Rodeada desta inveja do nada que era a minha vida,
Do ponto de interrogação que balançava na minha alma,
Perdida num céu de chuvoso ou em espinhos de rosa.
Este meu coração estava cansado de tanto se debater,
Farto de lutas e carapaças,
Necessitava de algo mais,
Um mais prolongado numa estrada curvilínea.
Precisava de um olhar que me acalma-se,
De um sorriso que me aquece-se o coração,
De um gesto de meiguice que me reconforta-se,
De uma palavra de incentivo que me motiva-se,
Precisava de alguém que me ajudasse a reencontrar,
Precisava do meu sentir, do meu olhar, do meu sorriso,
Da minha felicidade, da minha alma e do meu coração,
Das minhas palavras amenas, dos meus murmúrios,
Do meu espaço, das minhas recordações,
Precisava de MIM, como realmente era.

Ana Filipa Batista, 19:38, 08-05-2011.

quarta-feira, 4 de maio de 2011

Quem sou?

Procurei uma identidade, julgando alcançá-la,
Segui o meu coração, domei instintos incontroláveis,
Venci lutas aparentemente impossíveis, aprendi,
Aprendi coisas que nunca considerei existirem.

Fui à luta, agarrei-me à vida.
Apoiei-me num lema imbatível:
“A luta nunca será inglória,
Mas sim, recompensada”.

Nasci em berço de carinho,
Cresci em cama de amor.
Subi ao trono da felicidade,
Desci ao poço, conheci a dor.
Ultrapassei o rio dos obstáculos,
Venci a luta da maldade,
Conquistei-me e construí-me,
Moldei-me e olhei-me ao espelho,
Impressionada balbuciei:
Sou quem sou e como sou,
Sou genuinamente sincera,
Irrevogavelmente sensível,
Surpreendentemente imparável,
Estupidamente teimosa.
Sou filha da mãe, e do pai,
Sou HUMANA!

Ana Filipa, 2011.

domingo, 1 de maio de 2011

Porquê?

Pensei que estava a viver um conto de fadas,
pensei que aquilo que me fazias sentir era real,
pensei que no fim de contas tu me amavas,
pensei que a alegria era imortal.

Fizeste-me sentir coisas que nunca senti,
fizeste-me acreditar que estava enganada,
fizeste-me achar que em tempos me iludi,
fizeste-me pensar que não ia chegar ao fim da estrada.

Gritei por socorro, mas tu não estavas,
Chorei de amargura, lágrimas de desespero,
Precisava de ti, mas, tu foste embora,
Deixaste-me em silêncio,
Levaste o meu coração contigo sem pedir autorização,
Deixaste-me perdida em sentimentos,
Mergulhada em emoções,
Partiste sem te importar com nada,
Deixaste-me sem saber o que fazer,
simplesmente foste para não voltar,
PORQUÊ?
Porque é que partiste assim sem nada me dizer,
porque é que foste em segredo,
porque é que fugiste de mim,
porque é me deixas-te assim,
nesta cruel amargura,
nesta solidão profunda e insólita,
neste tunel nem fim,
neste presente sombrio,
nesta vida injusta.
(PORQUÊ?)



Ana Filipa, 2011.