terça-feira, 16 de agosto de 2011

Amanhã...


Amanhã é o Sol quem ditará,
aurora de róseo fulgor ,
pássaro voador, sobrevoará,
leve sombra de uma rosa em flor.

Amanhã é a saudade que fica,
de um amor, de um momento,
um lume aceso que crepita,
o passado e um sentimento.

Amanhã é o vendaval,
vida dos ventos caiada,
dor superficial ,
mil direcções e um madrigal.

Amanhã é a chuva que corrói,
a água que escorre o leito,
moinho aceso que mói,
um milho mais-que-perfeito.

Amanhã é a Lua que muda,
de nova para minguante,
o anzol que o pescador lança,
com o poder do almirante.

Amanhã são acasos da sorte,
o queixume, o amor,
o triunfo de uma vida,
ou o baço palor da morte.

Amanhã é a folha que cai,
desprende-se de ternura,
são rouxinóis calados, pássaros afogados,
bosque sem Sol, árvores sem cor.

Amanhã é dia 24,
mais um dia de uma vida,
o Sol queima nato,
os jardins da avenida.

Amanhã vou sonhar,
com o príncipe encantado,
que me vai levar a voar,
por mil vales, enlevado.

Amanhã vou sorrir,
amanhã vou ganhar,
vou cantar, ser feliz,
amanhã vou viver, só para te amar!

Amanhã Deus será somente o Senhor,
que me rege e ilumina,
mostrará todo o seu esplendor,
Quando o Sol romper pela cortina.

Amanhã é mais do que um momento,
é um dia especial, um dia exclusivo,
um dia de verdade e acontecimento,
um dia belo, mas, decisivo!


               O Amanhã será um amanhã, em tudo mais belo do que o Hoje! 

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