domingo, 1 de abril de 2012

Por louca me descobri

Onde estás? 
Para onde foste refugiar-te?
Certamente para longe,
Porque há muito que te procuro,
e nunca te encontro!

Porque partiste sem regresso?
Porque me deixas-te aqui, assim?!
Sabias que sem ti ia doer,
e que somente ficaria o vazio.

Deixaste-me em prova,
entregue à pressão de não te ter,
às lágrimas que caíram por entre o rosto,
à escuridão que me impedia de seguir caminho.

Eu tentei, não digas que não,
mas eu não sou tão forte quanto julgam,
eu também quebro, sou frágil...

Num momento em que te julguei um abrigo,
partiste na noite e deixaste-me desamparada.
Na chuva vi pingos de tristeza e solidão,
e no chão, salpicos de angústia congelada pelo frio.

Tive dó de mim, lastimável mulher,
gritei, chamei por socorro, 
ninguém veio em meu auxílio,
senão a loucura, por essa, não esperava.

Entreguei-me a cargo dela e o tempo passou,
aos poucos, tornei-me desconhecida de mim,
mas tudo o que queria, era esquecer-me de ti...

Não reclames se voltares e eu não estiver,
não te arrependas porque sofri,
não eras quem julgava, traíste-me,
no fundo destruíste o meu passado,
mas não o farás no meu futuro.

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