quarta-feira, 4 de abril de 2012

Maria, A menina que via para lá das estrelas

Olá! Hoje deixo-vos uma pequena história que tenho vindo a escrever, reparei que as mini-séries postadas anteriormente no blogue tiveram muito sucesso e por isso decidi dar-vos a conhecer está história que ando a escrever, ainda não está acabada, mas já tem umas boas páginas... Espero que gostem e, não se esqueçam de deixar os vossos comentários!


Maria, A menina que via para lá das estrelas
Parte I

Há muitos, muitos anos atrás, fomos encontrar, num lugar algures situado no mapa, uma aldeia onde tudo era mágico e simplesmente belo…
Certo dia, nasceu nessa aldeia tão mágica e maravilhosa, uma menina muito, muito especial, a Maria. Tinha longos cabelos doirados, reluzentes como ouro, e pequenos olhos redondos, cor de caramelo. Uma boca pequenina, de lábios vermelhos e dentes esbranquiçados. Tão esbelta que seria, possivelmente, uma boa candidata a princesa.
Acabada de nascer no seio de uma família muito pobre, Maria estava destinada a um futuro madrasto, tal como havia acontecido com as suas duas irmãs Joana de apenas doze anos, e Sara, de quatorze anos.
Desde muito cedo que Joana, a irmã de Maria, fora obrigada a trabalhar para poder comer o único pão que lhe estava destinado por dia, bem como Sara, a irmã mais velha que trabalhava todos os dias de sol-a-sol, para garantir o bem-estar de Joana e agora de Maria, o mais recente membro da família. Gordinha e anafada, sempre bem-disposta e muito sorridente, Joana era assim, um dos poucos pilares da família. No que toca a Sara, sempre pronta a trabalhar e com um sentido de humor indiscutível, sempre fora habituada a trabalhar para garantir a sua sobrevivência.
Mas bem, a família de Maria não era uma família qualquer, nem tão pouco igual às outras, era uma família, também ela, muito, muito especial e invulgar. O pai de Maria, um homem alto, sério, sem ponta de sentido de humor ou até mesmo, compaixão, foi obrigada a trabalhar desde muito cedo, talvez por isso agora obrigue também as suas filhas a fazê-lo. Depois de uma infância sofrida, o rapaz pobre que havia ficado órfão logo após completar nove anos de idade, conhece uma das jovens mais belas e conceituadas de toda a aldeia mágica, Irina, uma bela jovem princesa. Nascida em berço de oiro, no conforto de uma corte endinheirada e muito invejada por todos, Irina era uma jovem adolescente muito despreocupada com tudo à sua volta. Simpática, de cabelos compridos e vestes curtas, era a rapariga com que todos sonhavam, mas, que só um jovem muito digno poderia ter.
Naquela altura, estaríamos nós por volta do ano 1900, toda a corte se questionava sobre o fim da tão cobiçada princesa que um dia seria coroada rainha, a rainha mais perfeita que alguma vez já havia ocupado o trono. Os cochichos ouviam-se por toda a parte, e em toda a corte se vivia um ambiente místico, rígido, irónico, mas ao mesmo tempo calmo e agradável…
Acontece que, a então actual rainha, mãe de Irina, havia adoecido há uns tempos atrás. Especulava-se por toda a corte que ela estaria muitíssimo doente e que até já delirava com tanta febre. Mandaram abençoá-la, fizeram-se rezas e mesinhas, mas, não havia melhoras. Estaria a rainha afectada pela doença mais antiga de todos os tempos, a peste?!
- Será que vai morrer?! – perguntavam todos aqueles que  conheciam o estado de saúde da rainha.
 Seria, segundo dizem, a segunda vez que uma rainha adoecia com a tão dolorosa peste que ao longo dos anos matou milhares e milhares de pessoas. Será que a aldeia estaria prestes a ser abalroada por uma nova onda de peste, que levaria novamente imensas pessoas à morte (incluindo a rainha)?!

Continua...

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