segunda-feira, 16 de abril de 2012




16-04-2012 a 23-04-2012 

"A distância não faz com que me esqueça de ti, ela apenas aumenta a minha ansiedade em te ter por perto outra vez."


Acho que todos concordamos que a distância, seja ela curta ou comprida, não trás esquecimento, na maior parte dos casos ela encobre o passado e, possibilita-nos fingir que o esquecemos, mas ele está lá. O ser humano é dotado de instintos e impulsos e por vezes tentamos encobrir aquilo que não nos convém que seja exposto, os nossos sentimentos, por exemplo. Ontem, passei a tarde entregue à leitura, e uma das maiores conclusões que tirei foi que por vezes, procuramos sair da nossa zona de conforto na tentativa de mostrar-mos aos outros que somos fortes, quando na verdade só temos que o provar a nós mesmos, temos de ser nós os primeiros a acreditar nisso! Enquanto lia "Os livros que devoraram o meu pai" (um livro de Afonso Cruz), pude constatar que  existem alturas da nosso vida em que, ao tentar-mos diminuir o nosso sentimento de culpa, ferimos as outras pessoas e revela-mo-nos quem não somos. Umas das personagens deste livro, dotada por impulso momentâneo, foi culpada por duas mortes totalmente infundadas, depois de algum tempo presa ela percebeu o mal que tinha feito e o sentimento de culpa era tal que ele já nem conseguia dormir. É então que esta personagem toma a atitude mais (im)previsível da sua vida: começar a matar pessoas sem qualquer razão. Sabem porquê? Porque quando algo na nossa vida se torna banal, deixa de ser importante para nós, deixa de nos pesar... era assim que pensava Raskolnikov, até se aperceber que o que estava a fazer só iria piorar a sua consciência... Acho que não vale a pena dizer mais nada, o melhor é cada um reflectir e chegar às suas próprias conclusões.

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