quarta-feira, 21 de março de 2012

?!


Virei-me para trás a fim de sair daquele sítio escuro e sombrio que não conhecia como sendo agradável. A porta aberta atrás de mim, fechou. Estava trancada no meio daquele sítio indiscutivelmente triste e aborrecido. O passado trancou-me entre quatro portas de presente. Qual deverei escolher? Qual será o melhor caminho a seguir?
Olhei em meu redor. As paredes negras daquela sala fechada, tinham penduradas fotografias de tempos passados. De repente, como por magia, o vento soprou por uma janela entreaberta, as pequenas fotografias emolduradas trepidaram ao longo da parede. Uma caiu, outra partiu-se a meio, restaram duas. Na primeira, estava a sorrir, na segunda, estava a chorar.
Virei-me de novo para trás, não queria estar ali, não queria ser confrontada com aquele sítio penoso que nada revelava acerca de mim.
A sala estava iluminada por pequenos candeeiros foscos, metade deles corroídos pelo tempo. Enquanto lá estive, alguns fundiram, foram poucos os que resistiram, mas, aqueles que ficaram serão, sem margem para dúvidas, aqueles que virão a indicar-me a porta certa a abrir, que irão iluminar-me e multiplicar-se.
Olhei mais uma vez fixamente para o extremo oposto da sala, sem um só suspiro, sem um único arrepio, fitei cada ponto daquela sala quadrada que temia vir a ser um grande enigma para mim.
Apeteceu-me fugir, gritar por socorro, mas, estava trancada! Agora, só resta uma alternativa: debater-me neste compartimento, lutar com todas as minhas forças por encontrar a porta certa. Depois disso, abri-la e viver aquilo que estiver guardado para mim. Será com certeza uma grande aventura! 

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