sexta-feira, 9 de setembro de 2011

Lágrimas...

As lágrimas escorregam pelos meus olhos,
como por brincadeira,
parecem estar a divertir-se,
mas, lá no fundo,
quem não se está a divertir é o meu coração.
Sente-se triste, perdido, abandonado,
sente-se num vazio profundo,
numa chama ardente,
num inferno quente e imundo.
Os meus olhos deitam lágrimas,
lágrimas de desilusão, de dor,
lágrimas de quem chora verdadeiramente.
O meu coração chama por socorro,
grita intensamente por alguém que o venha salvar,
mas, por mais que ele grite, ninguém aparece.
Onde estão todos?
Fugiram, deixaram-me aqui envolta em dor e foram,
foram como se nada os ligasse a mim,
como se lhes fosse desconhecida,
ou, como se a minha dor em nada os preocupasse,
simplesmente foram e deixaram-me aqui,
neste vale de lágrimas,
oceano imenso e assustador,
neste grito que ecoa pelas paredes do mundo,
neste sofrimento árduo e incessante,
nesta dor cruel e sombria,
neste presente madrasto,
nesta vida injusta!

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