quinta-feira, 28 de julho de 2011

Volta...

Agora, tudo acabou,
depois de tanto esperar,
depois de dias de esperança,
depois de meses de angústia,
depois de tantas lágrimas derramadas,
depois de tanto sofrer.
Percebi, finalmente a realidade,
a realidade nua e crua.
Aquela que em mim causou ferida,
que escondeu o meu sorriso,
que corroeu o meu coração,
que chamou pelas minhas lágrimas.
Realidade estúpida e inútil,
arrebatadora e desgastante.
Realidade de sofrimento e dor,
sôfrega e sublime.
E agora? Que serei eu sem ti?
Meu coração palpita por te ver,
os meus ouvidos esperam ouvir a tua voz,
os meus olhos sofrem pelo brilho que tu lhes levaste,
a minha alma chama por ti,
já gritei, já chorei, já berrei com todas as minhas forças.
Chamei por ti, pedi-te que voltasses,
preciso de ti, preciso de uma última oportunidade.
Volta, não me deixes aqui sozinha,
tenho medo, medo da escuridão deste poço,
medo do vazio que está dentro de mim,
medo desta realidade mortal,
medo desta vida que tanto me tem feito sofrer,
medo de acordar noutro mundo,
assim, sem mais nem menos,
tenho medo de não ser forte o suficiente para suportar isto,
tenho medo... do dia, da noite, do sol e do luar,
tenho medo, até de mim mesma.



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