Olho os teus olhos
tristes,
A tristeza apodera-se
de mim,
A mágoa de um passado,
Loucura, ingenuidade
doce, alegria em mim…
Lembro-me de quando
sorrias,
Dos teus olhos
caramelizados,
Do teu rosto angelical,
Das tuas gargalhadas e
dos teus sussurros.
Ainda não esqueci nem
metade das tuas palavras,
Os teus gestos
continuam a cruzar-se nos meus,
Continuas a presenciar
os meus sonhos,
Continuas a não me ser
indiferente, por mais que eu tente esquecer-te…
Sei que não me mereces,
Que a tua tristeza
provém de ti,
E que contra ti próprio
ages,
Mas que nos magoas aos
dois…
Essa solidão sombria
que sentes,
Tu próprio a geras-te,
Fechaste-te numa roma
metálica,
Que já ninguém consegue
perfurar…
Agora és só tu,
E a solidão,
E os teus erros,
E a infelicidade.
Sinto necessidade de te
alertar,
Mas tu não me deixas
chegar perto,
Estás a destruir o teu
futuro mas,
Parece que ninguém te
consegue demolir.
Pára, escuta, ouve as
pessoas que realmente gostam de ti,
Estás errado, estás a
seguir um caminho auto-destrutivo,
Mas, parece que não
queres ver o poço em que te estás a enterrar,
Talvez assim aprendas
com os teus erros e um dia, sejas feliz.
Não quero que me dês
razão,
Quero que repares o mal
que tens feito,
Que aprendas que a
felicidade é mais,
Mais do que isso que
pensas ser.
A magia das coisas,
Não está em quando as
prevemos,
Mas em quando elas nos
surpreendem,
Sem nós prevermos ser
surpreendidos…
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