domingo, 26 de fevereiro de 2012

Páginas de um diário

Escrevo linhas a fio,
páginas de um diário reles,
que teme um dia ser descoberto.


Junto peças de um puzzle,
que parece infinito, mas não é.

O amor ronda os meus textos,
amedronta as palavras tristes,
verte recordações, e chama por mais.

Não me ocorre o número de vezes,
nem sequer a quantidade de palavras,
que já usei para o definir,
até que percebi, que o amor não tem definição.

Prendo-me nestes enredos ternos,
deixo-me voar envolta em letras,
que o meu coração escreve,
em jeito de prosa ou poesia.

Não sou poeta, não sou escritora,
aliás, não sei bem o que isso é.
O que faço é descodificar em palavras,
os códigos do meu coração.

Já pensei até colocar aspas nos meus textos,
não fosse o meu coração abrir um processo contra mim,
mas depois achei que ele não iria ficar magoado,
porque o amor verdadeiro supera todas as mágoas.




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