domingo, 5 de junho de 2011

Quando olhas para mim...

Quando olhas para mim,
vejo um olhar de recriminação,
um olhar de desprezo,
sinto demasida amargura e um só coração.

Sinto-te distante, tão longe, mas, tão perto,
olho para trás e penso que já quase nos beijámos,
olho em frente, o horizonte, e penso que me odeias,
que de nada valeu os obstáculos que enfrentámos.

Tentei esquecer-te, levar-te no encalço do meu passado,
para longe de mim, a fim de a distância pôr fim,
aquilo que, por mais que tente, sinto por ti,
um amor verdadeiro, um olhar sincero, saudade.

Queria tanto ter-te aqui, mas sei que não vais voltar,
permaneces no meu coração, por mais que me tente iludir,
por mais que tente transpor-te para o meu passado,
por mais que me queira afastar e deixar-te ir.

Preocupo-me contigo, choro as tuas lágrimas,
sinto a tua dor, aconchega-me o teu sorriso,
entristece-me o teu olhar, a tua ausência,
sinto a falta dos teus gestos, das tuas palavras, sinto a tua falta!

Preciso de ti, mas sei que jamais regressarás,
o passado desfez-se em dias,
a intensidade em nós perdeu-se algures no tempo,
tu partiste e eu fiquei, aqui, assim, perdida.

Sei que um dia vou conseguir,
que tudo isto faz parte de uma fase,
és mais do que pensas,
e eu, amo-te mais do que mereces.

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