sexta-feira, 17 de junho de 2011

O teu olhar...

O olhar que me lanças assusta-me,
um olhar feroz e enraivecido,
portador de mágoas e desilusões,
de ódio e indiferença.
Não quero que me olhes assim,
as tuas lágrimas magoam-me,
salpicam o meu coração de negro,
escurecem a minha alma com palavras tristes e,
fazem dos meus gestos, agressivos.
Procuro saber agradar-te,
procuro um sorriso em ti,
mas, só vejo tristeza,
vazio, solidão,
uma capa gélida,
uma máscara de horror,
um erro constante,
um refúgio endiabrado e sombrio.
Não quero uma pessoa assim,
que me arraste para a escuridão,
que me magoe e me faça chorar,
uma pessoa que não merece nada,
quanto mais que chorem por ela.
Apaixonei-me e nisso não tive culpa,
enfeitiçaste-me na minha profunda ingenuidade,
brincaste com os meus sentimentos e depois,
esqueceste-te que eu era gente,
fizeste como se eu fosse de pedra,
pedra dura ou diamante, mas não sou!
Sabes que mais?!
Ainda bem que assim foi,
custa-me dizê-lo, mas tens razão,
eu não te mereço,
mereço melhor do que tu.
Deste-te como vencedor,
mas aqui, se alguém saiu derrotado,
esse alguém foste tu,
o amor cega, mas eu aprendi que,
na vida, os pingos de chuva molham, mas não matam,
tu foste um pingo de chuva na minha vida,
desiludiste-me (muito), mas és passado,
agora, vou seguir em frente, seguir o meu coração e,
continuar a luta, de sorriso no rosto e olhar em diante.



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