Na estrada onde antes
caminhava-mos juntos,
Agora caminho sozinha, de mãos
dadas com o tempo,
Passos curtos e melancólicos, de
nostalgia,
Estrada longa de alcatrão sumido
que outrora foi campo.
Campo de papoilas ou girassóis,
De ervas tenras e verdes trevos,
Campo onde semeei felicidade,
Campo onde frutos colhi e
sorrisos deixei.
Caminho agora nesta estrada,
Lembrando o campo onde brinquei,
Aquele campo que a meninice me
recorda,
E o cheiro da terra remexida me
aviva,
Aquando do florescer das cerejeiras,
Que me adoçam o paladar.
O cabelo voa a par com o vento,
Como num dia chuvoso de Inverno,
A chuva cai-me no rosto e nele
desliza,
O corpo regela e pede o quentinho
da lareira.
Está na hora de seguir em frente
nesta estrada,
Guardar as lembranças daquele
campo,
Que me deu vida e me fez
rejuvenescer,
Caminhar em passos largos,
esperançosa no futuro,
Porque ainda há mais campos para
semear,
E quem sabe no caminho me esteja
guardada uma surpresa!
Este campo de cultivo onde antes semeei felicidade,
e de onde colhi alguns desgostos, está agora em pousio,
vou partir para outro, com a finalidade de semear
felicidade,
e colher nada senão felicidade!
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