Com a minha infância sonho acordada
Os sonhos são pedrinhas de açúcar
Recordação adocicada…
Pequenas gotas de cristal,
Tudo é infância afinal!
Brincar, brincar e brincar,
A vida era sorridente,
As ondas lá no mar, eram boas para flutuar,
Toda a brincadeira me deixava contente…
Tardes e tardes passava de volta das flores,
Eram mágicas e cheirosas,
Encontrava de todas as cores,
As rosas eram as mais amorosas,
Vermelhas, bancas, cor-de-rosa.
Dos montes de areia fina surgiam castelos,
Das árvores altas e lisas trambolhões,
Das folhas de couve cozinhados belos,
Das camisolas soltavam-se os botões.
Com bonecas eu brincava,
Pequenas, grandes, de pano, plástico ou algodão,
Quando elas se estragavam aí é que eu chorava,
Eram a minha companhia, nas tardes de Primavera, Outono, Inverno e Verão.
Veterinária, médica, farmacêutica,
De tudo eu fazia,
Podia não parecer, mas isto é que era alegria autêntica,
Brincar, brincar, era isto todo o dia!
Agora, já sou uma rapariga mais crescidota,
Ando no 6º ano,
As bonecas já se foram,
Livros, cadernos, canetas, lápis e borrachas,
É este o meu presente,
Que há-de reservar o futuro,
É surpresa para toda a gente!
Ana Filipa Batista…
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