domingo, 27 de fevereiro de 2011

Um dia, poder perder-te!

Estou tão confusa, às vezes sinto que aquilo que sentes por mim é apenas um argumento estúpido e eficaz para me magoares. Sinto que aquilo que penso é vago e desordenado e que por mais que queira não consigo encaixar as peças deste puzzle gigante que me está a deixar desorientada. Mergulhada em pensamentos, voo no tempo para sítios que nem sequer conheço e onde não queria estar. Encontro-me algures entre as nuvens de um céu estarrecido que me assusta cada vez mais. Para onde irei a seguir? Soprada pelo vento a brisa faz-me balançar, estou frágil, já não sei o que hei-de pensar. Leve, fresca e aterrorizante, a brisa não só me faz balançar mas faz também com que os meus pensamentos, uns mais claros que outros, vão e venham como o balancé onde costumava brincar em pequena. As recordações do passado chegam e marcam um presente curvo, mas acima de tudo uma caixa por abrir, uma grande caixa, chamada de adolescência. Terei de a abrir, porem não me posso esquecer que na capa desta caixa reluz a palavra FRÁGIL. Terei de ter o maior dos cuidados a desembrulhá-la e lidar com ela. Nesta altura ocorre-me dizer que tenho medo que dentro desta caixa gigante não haja algures colado a um canto um livro de instruções.        Sentada num recanto deste céu sombrio, vejo-me perdida nestes pensamentos, loucos, ou talvez não. Sentir por sentir é como viver sem razão. Agora sinto que vivo por ti, és uma das minhas motivações para sorrir, uma das coisas que me leva a lutar, a não desistir, mas, por quanto tempo?! Sinto que te posso perder, não como um objecto que passa de moda ou se parte esbugalhado pelo chão, mas sim como uma pessoa muito importante na minha vida que não quero perder, como motivação, como amigo… Nesta viagem ao mundo dos pensamentos, percebi o quanto vales para mim e o quanto dói ser magoada pela pessoa de quem gostamos. Sentir por sentir é como viver sem razão, mas eu sinto mais do que isso, sinto-me feliz por estares por perto, mas a mágoa de te poder perder, vivo com a razão de ser feliz, de sorrir e de um dia conseguir acreditar por completo que sentes o mesmo que eu…

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