terça-feira, 20 de dezembro de 2011

Procuras incertas :)

Encontro-te perdido... olho-te, miro-te, 
aprecio a sublimidade do teu corpo, da tua face,
ternura que me conquista de imediato,
que me envolve e me faz sonhar...


Chorei antes ao ver-te partir,
sem ti conheci a dor,
mas também aprendi,
quanta falta me fazias.

Reencontro-te agora,
neste longínquo encontro,
duas almas perdidas,
dois espelhos desfeitos pelo chão.

O meu jardim murchou,
a Primavera perdeu o sentido,
o cântaro que o vento levou,
e o estilhaçar do vidro.

Perdi-me e aí te encontrei,
por caminhos incertos,
sem margens nem setas.

Eu e Tu,
reencontro sombrio,
chama que reacende,
calafrio veloz,
ecoar doce de uma voz,
que implora por amor.

Ilusão instável, grito precoce,
um sopro, um arrepio,
abro os olhos e nada mais do que o vazio,
de um sonho que acabou.

Assim me encontro,
assim me perco,
assim te espero.

Do amor, nada sei,
a busca continua.

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