Encontro-te perdido... olho-te, miro-te,
aprecio a sublimidade do teu corpo, da tua face,
ternura que me conquista de imediato,
que me envolve e me faz sonhar...
Chorei antes ao ver-te partir,
sem ti conheci a dor,
mas também aprendi,
quanta falta me fazias.
Reencontro-te agora,
neste longínquo encontro,
duas almas perdidas,
dois espelhos desfeitos pelo chão.
O meu jardim murchou,
a Primavera perdeu o sentido,
o cântaro que o vento levou,
e o estilhaçar do vidro.
Perdi-me e aí te encontrei,
por caminhos incertos,
sem margens nem setas.
Eu e Tu,
reencontro sombrio,
chama que reacende,
calafrio veloz,
ecoar doce de uma voz,
que implora por amor.
Ilusão instável, grito precoce,
um sopro, um arrepio,
abro os olhos e nada mais do que o vazio,
de um sonho que acabou.
Assim me encontro,
assim me perco,
assim te espero.
Do amor, nada sei,
a busca continua.
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