sexta-feira, 9 de dezembro de 2011



Continuas a fazer-me sofrer. Ainda que não saibas, que não sintas o mesmo que eu, faz-me sofrer a tua indiferença. Não sei o que fazer, continuas a assaltar a minha memória e a fazer crepitar o meu coração. Quando passo por ti, só espero o teu olhar, apenas que me mires, pois o teu olhar faz-me feliz. Gosto de estar perto (de ti), mas ao mesmo tempo é difícil resistir ao sentimento que brota cada vez que me aproximo, mesmo indirectamente. Há coisas em ti que não percebo e outras que me suscitam curiosidade, tu tens algo que me atrai, talvez por seres diferente, ou porque conheço tanto mas ao mesmo tempo tão pouco de ti… Gostava de te poder dizer que ainda gosto de ti e que és a pessoa em que penso ao adormecer, gostava de poder dizer-te o quanto és especial, mas acho que não ias entender. Afastamo-nos tanto que perdi a confiança que tinha na nossa amizade, restam lembranças e testemunhos escritos, como este, que fui usando como forma de terapia. Continuo a ver-te como alguém que nunca esquecerei, mas magoaste-me muito, embora aches que não… magoaste-me porque fui talvez uma das pessoas que mais tua amiga foi, ajudei-te tanto quanto pude e aturei coisas que se calhar não devia, tive paciência, e tentei sempre dar o meu melhor, tudo isto para no fim, perder um amigo, alguém que eu realmente considerava amigo, em quem eu confiava e contava montes de coisas. Acho que nunca te apercebeste do quão importante foste, acho que nunca te apercebeste que deixaste de ser meu amigo naquele dia em que deixaste de falar para mim e começaste a fazer de conta que éramos meramente dois desconhecidos comuns… para mim isso não é amizade, talvez seja eu que sou exigente ou então tu que não sabes ser (meu) amigo. Enfim, não sei como digerir o meu pensamento, o meu coração terá de sofrer com os meus actos, enquanto não conseguir eliminar-te do meu caminho… sendo que no teu, já não sou nada…

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