domingo, 29 de agosto de 2010

Eu...

Hoje o desespero reina, quando já não sei mais o que fazer. Já não sei, que métodos usar, já não sei mais que palavras utilizar, que gestos fazer. Já não sei quem sou! Sinto-me como se não me conhece-se, como se fosse uma estranha. Já fiz tudo o que podia, mas os recursos acabaram, já não tenho mais ponta por onde pegar. É o fim daquilo que à minutos atrás me fazia sentir viva, é o fim daquilo que vejo como felicidade. É o meu fim! Já não me conheço como eu, agora vejo-me como uma desconhecida, já não controlo os meus actos, as minhas palavras. Aquela que conhecia como felicidade, morreu quando tu deixas-te de existir na minha vida. Já fiz tudo o que estava ao meu alcance, já estou morta de tanto lutar, pelos vistos lutei em vão, porque ainda não consegui concretizar aquele que vejo como o meu maior sonho. Ver-te, olhar-te nos olhos, dizer-te olá, ouvir a tua voz e poder dizer, concretizei o meu maior sonho. Vejo a felicidade escapulir-se quando não estás, vejo cada dia a passar sempre com a esperança de te ver disponível para conversarmos. O tempo custa a passar quando não estás, o relógio parece que pára e a minha felicidade, sem qualquer explicação vai desvanecendo. Quando vejo que voltas-te, apetece-me dizer sem parar que te adoro, mesmo sem te ver, mesmo sem ouvir a tua voz, mesmo só lendo aquilo que me vais escrevendo sinto-me feliz! Corri tudo para te encontrar, obstáculos surgiram, lutas se travaram, cada dia passava, muitas vezes sem conquistas, mas eu não desisti. Fui ficando cansada, perdendo a confiança, nos outros e até mesmo em mim, já não sabia em quem acreditar, já não sabia que palavras empregar, já não sabia como explicar que precisava mesmo de saber a verdade. Ainda hoje me sinto insegura, porque depois de ter ouvido tantas mentiras, já não consigo acreditar em algumas verdades. Tento não ligar, esquecer que posso, por mais uma vez estar a ser enganada, mas, não consigo. Posso estar a ser alvo da maior mentira, mas a verdade, é que enquanto acredito nela, estou feliz. O pior é que, eu preciso de saber a verdade, acredito em ti, mas será que não estou ser arrastada para mais uma mentira? Será que não é tudo uma farsa que o meu desespero quer ver como sendo uma verdade? Será? Tenho muitas perguntas, e só uma coisa me pode levar às resposta, tento obtê-la, mas há sempre algo que me impede, há sempre um mas pelo meio. Já lutei tanto e ninguém vê isso, já lutei tanto, mas continuam a desvalorizar a minha luta com mentiras. Para mim, esta luta pode ainda não ter acabado, mas quero muito ganhá-la, quero estar contigo, dizer-te que te adoro, dizer-te pessoalmente o como és importante para mim, olhar a tua beleza e elogiar-te por ela, quero ouvir a tua voz e glorificar-te pelo teu talento. Mas para isso preciso de verdades, que não sei se já descobri. As palavras podem ser confusas, podem ter desvios pelo meio, mas neste momento não tenho outras, não tenho outra maneira de me expressar senão escrevendo. Não te quero ofender, nem magoar, luto apenas por uma verdade, por saber aquilo que sempre quis saber. Não fiques triste, nem chateada, apenas luto, por aquilo, que se tu estivesses no meu lugar também lutavas. Escrevo linhas a fio, cada palavra sai do meu coração directamente para o papel que se estende há minha frente e que aumenta sem eu dar por isso. Os dias passam e sinto-me derrotada pela mentira, ou será antes pelo vício? Sim, neste momento é isso que és para mim, um vício. Penso em ti, sem fazer nada por isso, dou por mim a chorar, por não te poder ver, por não saber se és quem penso. Quero acreditar que sim, cada vez estou mais próxima, mas será que estou mais próxima da mentira ou da verdade? Sou sincera até com quem não conheço, não tenho nada a esconder, sou quem sou, marco pela minha diferença, porque todos somos diferentes, marco por ser especial, porque todos somos especiais por sermos diferentes. Só quero a verdade, por mais dura que seja, só quero saber, se encontrei a felicidade ou se descobri uma mentira. Por favor não digas aquilo que eu quero ouvir, tira a tua máscara e sê tu própria e depois diz-me a verdade, por mais dura que seja, eu não contarei a ninguém se assim quiseres, aceitarei se disseres que mentis-te, mas não perdoarei se disseres agora que és quem eu quero que sejas e mais tarde confessares não ser quem disseste que eras, ou revelares nos teus actos a mentira que ocultas-te pelas tuas palavras. Diz-me a verdade, não queiras ser uma farsa, e fala. Se estas palavras te magoarem, tenho que te pedir desculpa, não era essa a intenção de tas ter proferido, apenas quero poder voltar a confiar em mim e sentir-me segura nesta felicidade, felicidade que não quero que seja gerada por uma mentira, mas sim por uma verdade. Se na origem desta felicidade que me fazes sentir estiver uma mentira, então, conta-me a verdade, prefiro ser infeliz, a viver baseada numa mentira.

3 comentários:

  1. Muito obrigada Ana Maria, muito obrigada Wir Sind Hier Tokio Hotel! Desculpem só vos "agradecer" agora, mas realmente estes dois comentários escaparam-me, tenho por hábito responder e agradecer sempre. Ainda bem que a vossa "avaliação" foi positiva, fico feliz, por saber que visitaram e comentaram um blog, é sempre um prazer ter-vos por cá. Isso do jeito... é discutível... é apenas mais um blog... amador... Mas muito obrigada na mesma, espero ver-vos por cá mais vezes.
    Beijinhos, Ana Filipa.

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